KANDY
A cidade que já foi capital do reino é hoje a segunda em tamanho e
população – atualmente fica atrás apenas de Colombo, a capital. E é claro que,
em tratando-se de um país que resume-se a uma pequena ilha no meio do Índico, a
cidade não tem lá muitos ares de metrópole – ainda bem!
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Peixes no lago. |
A atmosfera interiorana no meio das montanhas dá à Kandy um ar
bastante bucólico, transformando suas ruas e prédios coloniais somados aos
templos antigos em um grande parque à céu aberto pronto para receber os
turistas e curiosos dispostos a explorá-los.
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O lago e a estátua gigante do Buda. |
Resolvemos esbanjar um pouco e ficamos no McLeod Inn no alto do
vale, com direito à vista para o Templo do Dente e para o lago.
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Gabi posa ao lado de mulheres no centro de Kandy. |
Era a
recompensa pelo “esforço” de termos economizado no resto de nossas viagens pelo
país. Apesar de se localizar no meio de um vale, a cidade é muito agradável
para caminhadas ao redor do lago e pelo parque central que abriga o famoso
Templo do Dente.
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Vista do nascer do sol da janela do nosso quarto. |
Acredita-se que dentro deste templo está um dos únicos restos
mortais do Buda. A lenda diz que de sua pira funerária fora surrupiado um dente
que passou a ter atribuições milagrosas. Com toda a instabilidade no norte da
Índia, budistas levaram a preciosidade para o Sri Lanka e lá sobreviveu entre
idas e vindas da história como a maior relíquia budista do país.
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Muro externo no Templo do Dente. |
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Entrada do Templo. |
O que importa aos não-budistas é a riqueza e grandiosidade do templo
que abriga o artefato, uma das maiores atrações da cidade.
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Corredor que leva ao primeiro altar. |
Apesar de ninguém poder de fato ver o famigerado dente, tudo que o
envolve é magnífico: portas de madeira trabalhadas, entalhes pintados de ouro,
ornamentos, estátuas e bandeiras coloridas marcam a suntuosidade do lugar.
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Bandeiras e entalhes. |
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Alguém tem a chave para o paraíso? |
Sentamos no chão, em frente à sala do dente, junto à
outros cingaleses ali postos para meditar, outros reunidos em família, com
crianças pequenas, apenas para receber alguma iluminação daquele lugar sagrado.
A troca se dá por meio das oferendas, basicamente composta de flores e incenso.
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Oferendas. |
Outra atração local é um show de dança folclórica cingalesa que é
apresentado conjuntamente com uma demonstração de pirotecnia: engolidores de
fogo, gente andando em brasa e toda aquela história que vemos (víamos?) nos
circos.
A plateia é composta 100% de turistas, ainda assim dá pra aproveitar
como uma introdução aos rituais artísticos locais.
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Mr. Malox. |
Kandy se valoriza ainda mais no pôr-do-sol quando o mundo fica azul
e as luzes da cidade pintam o lago de amarelo. Da mesma maneira, presenciamos o
nascer do sol no alto da montanha (modestamente da janela do nosso quarto).
Ao fim de nossa passagem pela cidade, resolvemos deixa-la da mesma
maneira que chegamos: de trem. Em duas horas estávamos mais uma vez em Colombo,
na beira do mar, mas já com saudades da
tranquilidade da cidade que se pinta de luz.
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O trem de volta a Colombo. |
Um comentário:
"cidade que se pinta de luz"
A cada dia as expressões utilizadas para descrição são explosões de sentimentos. Eu ADORO!
E a foto da água em pequeno rodamoinho com os tons azulados dos peixes? Capacidade de pegar o momento certo e expor para quem ter o desejo de ver.
Obrigada sempre por compartilhar.
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