De Udaipur para Johdpur fomos de carro, uma viagem com bom custo
benefício de estrada ao invés de ferrovias. Acima de tudo, optamos por esta
rota pela oportunidade de fazer duas paradas bem legais para conhecer outros
dois monumentos históricos: um forte e um templo.
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Portão principal da impressionante muralha de Khumbahlgarh. |
O Forte de Kumbahlgarh, um dos vários construídos por Rana Kumbha na
era rajput, foi de grande importância
no império mewar e ao chegar ali
percebe-se o porquê.
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Gigante mesmo. |
Encastelado no topo de um morro a mais de mil metros acima
do nível do mar, esta fortaleza gigante só foi tomada uma única vez, pelas
forças combinadas dos exércitos de Amber, Marwar e o famoso imperador mughal Akbar – e mesmo assim eles só
conseguiram mantê-lo ocupado por dois dias.
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Um dos inúmeros templos dentro do complexo do forte. |
As muralhas do forte se estendem por 36 quilômetros e o que mais
impressiona é a sua espessura – que em alguns pontos pode chegar a mais de 6
metros! O interior da construção não apresenta muitos atrativos, tendo em vista
que está todo vazio e não é exatamente decorado por ser um edifício militar.
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Pula Gabi! |
O grande atrativo está na vista que o topo de Kumbahlgarh
proporciona, um privilégio do ponto de vista de estratégia de defesa e um
deleite para os turistas de hoje poderem apreciar uma vista da região em 360o.
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O castelo reina soberano em cima do da montanha, dominando o vale. |
A paisagem vai até onde os olhos alcançam e vale a pena perder alguns bons
minutos aproveitando o vente leve que bate lá em cima e tentado descobrir as
trilhas no meio do cerrado.
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Tia Fá e eu nos esbaldando no thali indiano. Grata surpresa na parada entre o forte e o templo jain. (foto Má) |
Dali seguimos para Ranakpur, um dos maiores e mais importante
templos jain da Índia. Também conhecido como Jain Dharma, esta religião indiana
prega a não violência e convivência harmônica e equitativa entre todas as
formas de vida, práticas pelos quais seus seguidores acreditam que podem sair
do ciclo de reencarnações.
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Panorâmica do templo. |
Com este entendimento sobre o funcionamento do mundo, as regras para
entrada no templo principal, de Chaumukha Mandir, vão muito além da tradicional
retirada dos calçados.
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Você, mulher impura, fica de fora! |
Não é permitido entrar com qualquer item de couro
(cintos, bolsas, etc) e mulheres menstruadas também ficam de fora. (E a
pergunta da Má foi: “como será que eles fiscalizam?”).
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Detalhes ricamente entalhados no mármore. |
Construído inteirinho em mármore branco, o prédio data do século XV e
tem 29 vestíbulos, 80 cúpulas e mais de 1400 pilares ricamente esculpidos do
chão ao teto.
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Uma das cúpulas. |
Os detalhes são o que mais impressiona: cada centímetro que se
olha é possível ver um desenho, arabesco, temas flores e/ou representações de
divindades burilados um a um nas pedras.
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Um dos religiosos entre as maravilhosas colunas. |
Ainda seguindo pela longa viagem até Jodhpur, tivemos a oportunidade
incrível de presenciar uma cerimônia tradicional de comemoração do Holi acontecendo nos rincões da Índia.
Vários homens dançavam e cantavam em círculos, todos vestidos de
branco e manuseando uma espécie de guarda-chuva aberto em meio um baile
ensaiado.
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Mulheres que encontramos na beira da estrada quando paramos para ver a dança (foto Tia Fá) |
O clima era de alegria e apesar dos mais velhos liderarem a dança,
alguns mais novos se aventuravam na roda.
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Por indicação do nosso motorista, esse foi o lanchinho do meio da viagem. E não é que estava bom? (foto Tia Fá) |
Além da visita ao forte e ao templo, são surpresas como esta que uma
viagem de carro por regiões bastante remotas podem lhe presentear – por isso
vale a pena fazer esse trecho explorando as estradas indianas.
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Um comentário:
Simplesmente magico! .... Faço votos de Força, paz e fé. Que tragam na bagagem aprendizados que agreguem e que façam a diferença que o mundo precisa. Parabéns
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