DIA 6 – 01/05/13
Chame a Pisang (3.300m): 5-6 horas de caminhada
Descrição do programa:
Um caminho inclinado e estreito entre uma floresta bastante densa
nos levará para uma dramática face curva das montanha, a 1.500 metros do rio. A
floresta e uma vegetação cheia agora terão ficado para trás. Nós atravessamos
várias vezes o rio por meio de pontes suspensas. Conforme a trilha se abre e
aponta para cima, nós ficaremos cercados pelos majestosos picos do Himalaia.
Nós estaremos num vale de Manang em formato de “U” localizado entre dois picos
nevados gigantes e depois de caminhar por estes lugares maravilhosos nós
chegaremos a Pisang.
"Sentado na escada do mosteiro budista no alto dos 3.500m, escrevo
rodeado de uma sequência de amarelos, verdes, vermelhos, brancos e azuis.
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"nossa beleza e nossa motivação"
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O
vento chega cortante, trazendo o gelado do alto dos picos nevados que agora já
têm nome: Annapurna II, IV e Lamjung Himal. Nos vigiando do alto do vale de
Pisang, eles são nossa beleza e nossa motivação.
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Portão do mosteiro. |
A caminhada que fizemos foi bastante curta, saindo de Chame e
passando por diversos vilarejos. Logo já estávamos abaixo da formação rochosa
herdeira da era glacial e que tem o formato de um “U” côncavo, mas com mais de
7.000m de altura. A sensação é de estar protegido por essa imensa muralha de
pedra e gelo.
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A formação em "u" parece uma gigante pista de skate. |
O cenário das trilhas também está cada vez mais fantástico, com
imensos pinheiros de ambos os lados formando florestas inteiras, ladeadas pelo
rio e cachoeiras ocasionais. Ao olhar para cima, a presença colossal dos picos
nevados, cada vez mais próximos conforme subimos.
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Cenários assim motivam a caminhada. |
A caminhada foi interrompida algumas vezes por grupos de mulas que
desembestam montanha acima. O número de turistas também aumentou bastante e já
reconhecemos algumas caras repetidas ao longo da trilha.
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Mulas carregadas de mantimentos cortam as montanhas. |
Aqui no alto, seguimos conversando sobre o frio com uma alemã, um malaio, uma
austríaca matraca, um indiano, dois franceses e um boliviano(!).
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"Caminantes con frio!" |
Hoje também foi o dia em que estressamos com Guiam, nosso guia. Como
a caminhada foi curta e chegamos em Pisang antes das 14h perguntamos se não
poderíamos seguir mais adiante, até para tirar parte da difícil rota de amanhã.
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Pisang alta. |
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E tem gente que leva mala de rodinha pra trilha... Santos carregadores! |
A dificuldade em comunicar-se em inglês somada às piadinhas sem graça na trilha
fizeram com que a Gabi perdesse a paciência com a negativa em continuarmos a
andar.
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É melhor sair da frente... |
A relação com ele tem sido simplesmente cordial, muito diferente do
que vemos nos outros grupos que encontramos. Nem ele nem Prem, nosso
carregador, comem conosco apesar da nossa insistência.
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Pedras de oração. |
Vejamos como isso irá
evoluir pois nos aproximamos de Thorong La, a parte mais perigosa desse
trekking e é importante ter confiança na pessoa que vai nos assistir nesse
momento.
O frio aperta, o vento também."
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Detalhe do templo budista. |
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